terça-feira, 7 de junho de 2016

Ex-presidente do Santos pode ter o triplo da pena de prisão de Neymar



Também alvo de pedido de indiciamento da Procuradoria da Audiência Nacional da Espanha, o ex-presidente do Santos Odílio Rodrigues pode ter o triplo da pena de prisão de Neymar em caso de condenação na investigação de uma suposta fraude contra o fundo DIS.

No parecer apresentado pelo procurador José Perals ao juiz José de la Mata, segundo a agência EFE, Odílio é enquadrado no crime de fraude, enquanto o jogador, por corrupção entre particulares. Para o primeiro, na justiça espanhola, a pena pode chegar até seis anos; e, no segundo, no máximo dois.

Se de fato forem ao banco dos réus, Neymar e seu pai seriam julgados com base nos artigos 286 e 288 do código penal espanhol, que prevê penas de prisão entre seis meses e dois anos, além de multas consideráveis - sem antecedentes, porém, eles não seriam presos.

Já pelo crime de fraude, são denunciados Odílio, o próprio Santos, o Barcelona e também o ex-presidente do clube espanhol, Sandro Rosell, envolvidos diretamente na negociação. Nesse caso, em virtude dos altos valores envolvidos, a pena varia de um a seis anos de prisão.

Na legislação espanhola, o valor da fraude tem influencia direto na pena. Se a quantia não ultrapassa 400 euros, por exemplo, o ato sequer é considerado crime, mas apenas uma falta. Já quando supera 50 mil euros, como é no "caso Neymar", a punição endurece.

No entendimento do Ministério Público espanhol, a DIS tem direito a receber mais 3,22 milhões de euros, fruto dos 40% que detinha sobre os direitos do atleta na época. O fundo recebeu esse percentual referente a 17,1 milhões de euros, mas o Barcelona pagou mais pela negociação.

Se ex-presidentes de Barcelona e Santos correm risco, o atual mandatário da equipe espanhola, Josep Maria Bartomeu, teve pedido de arquivamento de seu nome no caso, "por não ter liderado, nem ter sido parte ativa das negociações e acordos para a contratação de Neymar".

ESPN

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