segunda-feira, 20 de junho de 2016

Dorival errou feio, errou rude



O segundo tempo da partida diante do Sport mostrou um caminho para time: com Joel em péssima fase, tirá-lo, reforçar o meio e colocar Gabriel de atacante era a melhor solução para o jogo seguinte, diante do Atlético-PR, fora de casa. Dorival insistiu com o atacante de titular e ele não rendeu o esperado no tempo em que esteve em campo.

A segunda coisa a ser cobrada é a entrada de Alison. Ao colocar o volante marcador na vaga de Thiago Maia, imagino que cansado, Dorival acabou chamando ainda mais o adversário para o campo de ataque. Eles conseguiram o escanteio que gerou o gol da derrota, a quarta nesta edição do Campeonato Brasileiro. Talvez a entrada de Ronaldo Mendes, que não vem sendo aproveitado da melhor maneira, ou de Jean Mota teria sido uma alteração melhor do que contentar-se com o empate.

Porém não é motivo para pedir a demissão. Ele pensou uma coisa, não deu certo. Acontece. E ele mesmo já deu mostras de que consegue extrair o máximo desses jogadores. É possível criticar sem pedir a saída sem motivo ou soar um torcedor mimado que não aguenta perder uma partida que fica todo histérico nas redes sociais.

Essas duas coisas foram decisivas no resultado, porque o Santos poderia ter tentado mais na Arena da Baixada. Explorar a velocidade diante de uma dupla de zagueiros pesada. Joel não era ideal para isso, mas Gabriel era. Ele e Diogo Vitor poderiam ter feito alguma coisa a mais, um lance individual para tentar alguma coisa diferente. Com camaronês, o time ficou refém de sair jogando pelo lado e foi perdendo força aos poucos.

No geral, gostei de Yuri de zagueiro. E o que poucos comentaram: ele e Renato se revezavam na função em diversos momentos da partida. Algo que o futebol de hoje pede muito, essa saída de bola com qualidade da defesa para o jogador mais próximo. Quem foi bem abaixo foi Léo Cittadini. Diferente da partida contra o Sport, ele esteve muito apagado e pouco fez para armar as jogadas.

A derrota tirou o time do G4, mas estar três pontos atrás não é de todo mal. O problema é enfrentar o Fluminense, também fora de casa, na quarta-feira. Essa sequência de duas fora é muito cruel, sabem? Lucas Lima voltará, e espero ele menos preguiçoso do que quando saiu. Também espero Léo Cittadini titular e Joel no banco. Fora de casa, acertar o contra-ataque e marcar o gol serão fundamentais.

Por Fagner Morais, do Vai, Santos!

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