terça-feira, 10 de maio de 2016

Liminar derruba votação que reprovou as contas de Modesto Roma Jr



O Conselho Deliberativo do Santos reprovou as contas do clube referentes a 2015 em 28 de abril. Mas, um pedido de tutela provisória feito pelo conselheiro Antonio Celso Pires Gonçalves foi aceito pelo juiz Frederico dos Santos Messias nesta segunda-feira e a votação está anulada temporariamente.

Modesto Roma Júnior espera reverter a situação com a alegação de que José Renato Quaresma, Rodrigo Marino e Jorge Correa da Costa não poderiam votar, já que faziam parte do Comitê Gestor responsável pelo déficit de R$ 78 milhões.

Os três votos são cruciais para uma nova decisão e uma mudança de cenário sobre o assunto no Conselho Deliberativo, pois a reprovação acabou sacramentada por apenas dois votos de diferença (83 a 81). Na ocasião, a mesa de direção se absteve antes mesmo do início do pleito e, ao perceber o equilíbrio, tentou exercer seu direito, mas voltou atrás diante de tantos protestos.

"Os efeitos da deliberação podem causar prejuízo irreparável, na medida em que uma das consequências da rejeição das contas é a possibilidade de abertura do processo de impedimento do Presidente", diz trecho da sentença, que ainda completa.

"Considerando a litigiosidade conhecida da causa. Considerando também que as partes podem buscar a conciliação fora do processo, deixo de designar a audiência de conciliação prévia".

O balanço apresentado pela diretoria e exposto publicamente apontou um déficit de R$ 78 milhões no ano passado. E as principais causas para isso, segundo o Conselho Fiscal, foram as antecipações de cotas de transmissão de TV sem consulta do CF, como ordena o estatuto do clube, além de pagamentos a intermediários e a venda e compra de parte dos direitos econômicos do volante Alison.

"Não vendemos jogadores. Precisávamos nos preocupar com resultados em campo e não vendemos os atletas. Não vendemos e valorizamos. Precisávamos fazer valer a nossa tese de que as negociações feitas no apagar das luzes da gestão de 2014 não eram vendas de jogadores, pois o estatuto social do Santos considera essas negociações como ineficazes", discursou o presidente Modesto Roma Júnior, antes da dita votação, citando as negociações que envolveram Alison, Daniel Guedes, Geuvânio e Gabriel pouco antes de Odílio Rodrigues entregar o cargo.

ESPN

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