domingo, 8 de maio de 2016

Dorival ressalta seu trabalho e questiona: 'Quem é grande e quem é pequeno?'


Na semana que antecedeu a final do Campeonato Paulista, Zeca e Thiago Maia revelaram que Dorival Júnior é chamado de "Pep Guardiola do Brasil" pelos próprios jogadores pelo trabalho que vem desenvolvendo no clube. A brincadeira com o treinador espanhol do Bayern de Munique - de saída para o Manchester City - faz referência principalmente a ideologia do técnico santista de fazer o time jogar com velocidade e toque de bola.

"Primeiro que comparação não tem como falar alguma coisa", disse Dorival, abafando a brincadeira. "Segundo, eu já observava há um certo tempo essa falta da posse de bola na maioria das equipes brasileiras. Nos últimos dois trabalhos, peguei as equipes sem tempo de treinamento para implantar o trabalho que gostaria, que era aliar posse de bola e não perder característica das equipes", explicou.

"No Santos, a velocidade. Queria aliar posse e velocidade. A equipe mantém velocidade, mas tem tido posse maior. Para que o trabalho acontecesse, desenvolvemos treinamentos, que foram iniciados desde o aquecimentos, chegando ao objetivo final, a partida em si. Aos poucos, os jogadores viram que estava agradando, trazendo resultados. Eles mesmos buscavam o desafio após as partidas, querendo saber a posse, troca de passes, velocidade de jogadas, finalizações", revelou o comandante.

Neste domingo, o "Peixe" enfrenta o Audax de Fernando Diniz, que no primeiro jogo conseguiu ter até mais posse de bola que o alvinegro praiano. Por isso, Dorival lembra que de nada adianta ficar com a bola se a equipe não vencer a partida na Vila Belmiro e conquistar o título Estadual.

"Fico feliz, pois vejo um time sabendo jogar. Não em um ponto ideal, mas próximo. É importante, mas não tem valor se não alcançar os objetivos", lamentou, sempre contrariado com a valorização excessiva sobre o resultado.

E o resultado, neste domingo, pode ter um peso ainda maior. O fato do Santos entrar em campo com mais responsabilidade que seu adversário simplesmente por causa da história e do peso das duas camisas preocupa o técnico, que prefere estimular uma reflexão para que a pressão seja distribuída de forma mais igualitária.

"Quero que me ajudem. 2007, São Caetano jogou as finais do Paulista. 2010, Santo André. 2014, Ituano. 2012, Guarani. Há, teve 2008, a Ponte. Quem é grande e quem é pequeno?Deixo um questionamento", apontou, sem fugir da realidade de cada um.

"Lógico, Santos, Corinthians, São Paulo, Palmeiras, cobrança maior. É natural que sinto uma situação que senti em 2007, quando eu estava no São Caetano. Se chegássemos, teria uma conotação. Sinto isso com Santos hoje, mas é um fato normal. Quem é grande, se vemos a todo momento uma equipe não considerada de porte chegando nas decisões? Estão ocupando lugares vagos. Por isso, digo que estamos em decisão com duas equipes, grandes, que jogam futebol de alto nível", avaliou Dorival Júnior.

ESPN

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