quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Modesto "segura ansiedade" para não falar de ação do Santos contra Neymar


Segundo o presidente, sigilo é fundamental para o processo envolvendo a negociação do craque. Corte Arbitral da Fifa encaminhou uma carta ao Peixe nesta semana

Quatro meses após entrar na Justiça contra Neymar, o pai do atacante, a empresa do jogador e o Barcelona, pela polêmica transferência do craque ao clube espanhol em 2013, o Santos recebeu uma resposta prévia da Corte Arbitral da Fifa nesta semana. Porém, por recomendação judicial, o presidente Modesto Roma Júnior contém a ansiedade, para não revelar detalhes. 

– Não podemos avançar, mas podemos dizer que ontem recebemos uma carta rogatória (instrumento jurídico de cooperação) da Espanha sobre o pedido. Falaremos no momento em que a arbitragem na Corte estiver resolvida, porque o sigilo é um dos pilares do processo. Seguro a minha ansiedade. Só reafirmo que foi um dos piores negócios da história do futebol brasileiro. Lamento que foi um dos piores, porque há outros tão ruins quanto – explicou o presidente.

A diretoria santista entende que o Peixe foi lesado e tem direito a um valor maior pela transação. O Barça disse, inicialmente, ter pago € 57 milhões pelo atacante, mas reconheceu que a negociação ultrapassou os € 86 milhões. Já o Alvinegro, porém, recebeu € 17 milhões.

Para a Justiça de São Paulo, há "robustas evidências" de que o valor da venda de Neymar para o Barcelona foi ocultado. A observação consta em acórdão assinado pelo desembargador Giffoni Ferreira, da 2ª Câmara de Direito Privado, publicado nesta quarta-feira, na ação em que o fundo de investimento Teisa cobra a apresentação dos documentos da negociação.

Já a Corte Arbitral da Fifa, que possui 24 membros, segue à procura de provas para analisar o caso e decidir quem está com a razão. Quem perder pode recorrer ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), que dará o veredito final em 20 dias, sem possibilidade de que alguma das partes recorra.

Globoesporte.com

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