sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Efeito Dorival: Santos vai da zona de rebaixamento à candidato ao G4

Desde que assumiu o clube, Dorival conseguiu 80% de aproveitamento, superior ao do Corinthians no Brasileirão

É inegável que o Santos com Dorival Júnior é completamente diferente daquele time que, após conquistar o Campeonato Paulista, iniciou muito mal o Brasileiro. De fadado a lutar contra o rebaixamento, o clube tornou-se postulante ao G4 e também candidato ao título da Copa do Brasil. 

Por incrível que pareça, a mudança veio com os mesmos jogadores que atuavam sob o comando de Marcelo Fernandes. A exceção é o atacante Leandro, emprestado pelo Palmeiras e que pouco joga.

Quando Dorival chegou, em 10 de julho, o Santos tinha acabado de perder do Goiás por 4 a 1 pelo Nacional. Era o sexto revés, além de duas vitórias e quatro empates, na competição. O time também havia jogado cinco vezes na Copa do Brasil, com três triunfos, um empate e uma derrota – no geral, 39,2% de aproveitamento.

A contar de sua estreia, foram 15 partidas: 11 vitórias, três empates e somente uma derrota, ou seja, conquistou 80% dos pontos. Para que se tenha ideia, a performance é superior à do Corinthians no Brasileirão, certame que lidera, com 70,8% – por sinal, os santistas eliminaram o arquirrival nas oitavas de final da Copa do Brasil.

Caminhada

A transformação veio, inicialmente, com uma conversa. Antes da vitória por 3 a 0 sobre o Figueirense, na estreia de Dorival Júnior, Ricardo Oliveira contou que treinador e jogadores falaram francamente. “Vimos que não podíamos continuar como estávamos”, relembra. “O Dorival trouxe um acréscimo. Isso é notório”.

O técnico buscou soluções no próprio elenco. Como herdou a pior defesa do Brasileiro àquela altura, com 21 gols sofridos, sacou Werley e colocou Gustavo Henrique. Nas laterais, mandou Daniel Guedes para o banco, reconduzindo Victor Ferraz para o lado direito (com Fernandes, era improvisado na esquerda) e apostando no encostado Zeca para a esquerda. No meio, tirou Lucas Otávio e pôs Thiago Maia. Se com Fernandes o Peixe sofria 1,75 gol por jogo no Nacional, com Dorival o índice caiu para 0,58 – sete em 12 duelos.

Na frente também houve desenvolvimento. Com Dorival, o time fez 31 gols, mais de dois por partida. Antes, tinha feito 20 em 17 embates.

Outro mérito foi fazer Gabriel ser decisivo. O atacante anotou oito dos 12 gols na temporada sob o comando do novo técnico. E Ricardo Oliveira manteve o bom índice, com nove de seus 29 tentos após a vinda de Dorival.

Por tudo isso, o elenco acredita na vaga na Libertadores. “Um clube como o Santos não pode renunciar a isso”, avisa Ricardo Oliveira.

A fase é tão favorável que o próprio Dorival Júnior, sempre contido em suas palavras, já diz que “está dando prazer ver o Santos jogar”.

A Tribuna On Line

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