quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Renato iguala marca de Arouca no Santos e reencontra rival 'motivado'


Autor de gol contra o Corinthians na final do Brasileirão de 2002, Renato reencontra adversário em mata-mata no mesmo dia de igualar o número de jogos de Arouca

Renato chega à sala de imprensa do CT Rei Pelé para dar uma entrevista ao lado de Elano, na véspera de um jogo decisivo contra o Corinthians, por um campeonato disputado no mata-mata. Esta cena poderia ser em 2002, mas foi na última terça-feira. A diferença entre os dois entrevistados é a história construída nos últimos 13 anos.

Neste tempo, Renato foi bicampeão brasileiro e pôde voltar ao Santos para se tornar um dos maiores volantes da história do clube após a era Pelé. Seu grande concorrente era Arouca, que deixou o páreo após processar o Santos e causar revolta na torcida.

Nesta quarta-feira, contra o Corinthians, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, às 22h, na Vila Belmiro, o camisa 8 iguala Arouca em um aspecto: número de jogos. Na hora em que a bola rolar, o ídolo da torcida alvinegra chegará à marca de 267 partidas feitas pelo Peixe, o mesmo do ex-camisa 5, que era titular absoluto quando Renato voltou à Vila Belmiro, em 2014.

Na época, a ideia do então técnico Oswaldo de Oliveira era que Renato, que vinha do Botafogo, substituísse Arouca em alguns jogos. Na prática, isso aconteceu. Mas somente em 2015, já que Renato herdou a vaga e “dominou” o meio.

(Renato sorri em treino do Santos - foto: Ricardo Saibun)

– Minha vontade era ter voltado até antes, mas não teve proposta. Acredito que vim para somar e faço meu melhor aqui no clube – disse Renato, em entrevista ao LANCE!.

Falando em Corinthians, a lembrança do camisa 8 é a melhor possível. Foi dele o segundo gol sobre o Timão no primeiro duelo da final do Brasileirão de 2002, quando o Peixe foi campeão depois de 18 anos.

E, 13 anos depois, mesmo com toda a experiência, o ânimo para ganhar do rival ainda é o mesmo.

– É o mesmo até porque eu sei como que é clássico, envolve mutas coisas. Aqui em Santos tanto em 2000 quanto em 2002, o torcedor ficava no muro e falava que podia perder o campeonato, mas não para o Corinthians. Vamos entrar motivados!

Confira o bate-bola com Renato:

Você estreou pelo Santos há 15 anos. Imaginava que estaria aqui hoje como titular?
Eu procuro a cada jogo e treino fazer meu melhor. Cheguei aqui e fiquei um tempo parado com problemas nas costas e depois um mês e meio com problema no joelho, acabou tirando uma sequência que poderia dado continuidade no meu trabalho, mas procuro me dedicar ao máximo para render o nível mais alto possivel. A exigência aqui é muito grande, então é fazer o melhor para que eu possa ser cobrado, nao só eu como os mais novos, e procurar dentro de campo fazer o melhor.

O Santos não perde há seis jogos. Qual a parcela de contribuição do meio de campo nisso?
Acredito que é o conjunto todo, principalmente quando o pessoal da frente ajuda e facilita para o meio e defesa, isso é um conjunto todo. O meio a gente fala que é o coração, que bombeia o sangue para todo mundo, mas acredito que é o conjunto, porque se a defesa está bem, a gente sabe que o ataque vai fazer e vai criar chances de gol, esse conjunto ajuda também o meio de campo a ir bem.

Como é o contato com os outros volantes do elenco, sendo que a maioria veio da base?
O elenco é muito jovem, tem que dar tempo a eles, tem que saber administrar, mas são jovens com talentos, independentemente de Lucas Otávio, Leandrinho, Thiago Maia ou Paulo Ricardo fazendo a função, são jogadores que sabemos que tem potencial. A gente estava numa situaçao incômoda que poderia ter queimado esses garotos.

Lancenet

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