segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Dorival se revolta com tabela apertada e pede movimento para mudança

No dia 8 de setembro, o Santos iniciou contra o Coritiba, na Vila Belmiro, uma maratona de jogos que só deve ganhar um respiro dia 20, no clássico contra o Corinthians, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro. Serão 13 jogos neste período, intercalando partidas no meio da semana e no fim de semana.

Esta maratona de jogos é motivo de muita preocupação para a comissão técnica do Peixe, principalmente em função dos objetivos do clube nesta temporada, que podem cair por terra devido ao desgaste dos jogadores. “São ainda as mazelas de um calendário mal formado, mal feito, que obrigam os clubes a isso. Até outro dia nós estávamos tendo semana sim semana não para treinamentos, para uma recuperação. E a qualidade dos espetáculos vinham sendo muito boas. Vinham melhorando a cada momento”, comentou Dorival Jr.

Depois de empatar por 0 a 0 com o Atlético-PR, em Curitiba, neste sábado, o Alvinegro praiano terá apenas dois dias de trabalhos no CT Rei Pelé antes de encarar o Corinthians na primeira decisão válida pelas oitavas de final da Copa do Brasil. E este é o cenário do time para as próximas semanas.
Sem concordar com calendário, Dorival é obrigado a administrar desgaste dos atletas (Foto: Ivan Storti/Santos)

“Isso é mais uma prova de que isso aí é um erro, que está passando do tempo de uma correção. E está na hora de nós lutarmos um pouco mais por isso. Se não, o que nós vamos ver é isso, jogadores se entregando em campo, com uma chance muito grande de uma lesão”, cobrou Dorival.

Renato é um que já preocupa. O atleta sequer viajou com a delegação alvinegra para o duelo diante do Furacão e é dúvida para o clássico de quarta. Além dos atletas que eventualmente sofram com lesões, Dorival Jr. avisa que os jogadores que foram a campo dificilmente conseguirão atuar no melhor nível que eles poderiam oferecer.

“Nós vimos dois ou três jogadores sentindo, evitando às vezes uma velocidade final, porque o desgaste do jogo da quarta mais o do sábado, com dois dias e pouco de recuperação, é impossível que se mantenha a postura em campo e acaba-se caindo muito a qualidade do espetáculo em razão também dessa pouca recuperação”, explicou.

Apesar de toda a revolta do treinador, a situação do Santos na temporada não permite muitas escolhas. Brigando na parte de baixo da tabela no Campeonato Brasileiro e diante de um clássico na Copa do Brasil, Dorival já avisou que não poupará ninguém e mais uma vez vai escalar o que tem de melhor, sempre pensando no jogo seguinte, evitando fazer planejamentos a longo ou até mesmo médio prazo.

Gazeta Esportiva

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