quinta-feira, 16 de julho de 2015

Contrato de cartola do Santos tem aumentos anuais, bicho triplo e multa de R$ 1,4 milhão

DIVULGAÇÃO/SANTOS
Dagoberto dos Santos é superintendente de futebol do Santos

O contrato do dirigente Dagoberto dos Santos tem dado o que falar na Vila Belmiro. Principalmente por conta dos diversos pontos previstos que prometem aumentos esporádicos, bichos de jogos de forma tripla e até multa considerada bastante alta por conselheiros do clube. O Conselho Deliberativo do Santos promete discutir a questão.

Conforme apurou o ESPN.com.br, a principal revolta no clube, que deve ser debatida em reunião na noite desta quinta-feira, na sede do Santos, é quanto a uma multa astronômica no vínculo de Dagoberto com o Santos - quase R$ 1,5 milhão, em valores datados desta quinta-feira.

Segundo relatos ouvidos pela reportagem, o superintendente vai faturar 50% de todos os seus salários previstos nos três anos de contrato caso seja demitido no Santos. Se caísse hoje, por exemplo, Dagoberto levaria R$ 1,45 milhão, já que suas remunerações até o fim de 2017 renderiam R$ 2,9 milhões aos seus bolsos.

O salário do cartola no clube, atualmente, é de R$ 80 mil. Mas o vínculo prevê aumento para R$ 95 mil em 2016 e R$ 110 mil no ano seguinte, segundo fontes da reportagem. Os valores, considerando a política recente de corte de gastos no Santos, têm gerado polêmica nos bastidores da Vila Belmiro.

Vale citar que as quantias são todas em PJ (pessoa jurídica), ou seja, como se fossem direitos de imagem, o que priva o dirigente de benefícios trabalhistas convencionais.

Outro ponto existente e causa polêmica no contrato, de acordo com apuração doESPN.com.br, é quanto a uma espécie de "bicho triplo" após os jogos do Santos. Dagoberto teria direito a três bichos por jogo estipulados por ele, o que lhe renderia mais um dinheiro extra mensalmente.

De acordo com relatos, há algumas semanas esse contrato inicial não passou pela comissão fiscal do Santos, que mandou voltar e arrumar por considerar essas exigências absurdas. A reportagem não confirmou se os tópicos foram corrigidos ou mantidos posteriormente e também tentou contato com Dagoberto nesta quarta, em vão.

O contrato do superintendente com o Santos tem causado polêmica desde que Modesto Roma Júnior assumiu o clube. O Comitê de Gestão demorou a aprovar o dirigente no cargo, já que o presidente queria colocá-lo como diretor-executivo, função que não existe no estatuto, e com um salário maior. Após ajustes, o cartola foi oficializado apenas em abril.

Diversos conselheiros e dirigentes têm pedido a saída de Dagoberto do cargo nas últimas semanas, mas o presidente Modesto Roma confia no trabalho de seu superintendente e quer mantê-lo até o fim do contrato. Gente ligada ao clube, por outro lado, tem sondado outros profissionais para o cargo de diretor de futebol, como Alexandre Farias, do Bahia.

ESPN

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