Grave crise financeira, contratação de Leandro Damião a peso de ouro, atrasos salariais que causaram as saídas de Arouca, Dracena, Aranha e Mena… vários motivos justificam a ira do torcedor e de membros da atual diretoria do Santos em relação ao ex-presidente Odílio Rodrigues.
Mas o clube segue preso a Odílio, porque ele foi avalista de empréstimos que totalizam R$ 15 milhões. Ou seja, se o Peixe não pagá-los, caberá a Odílio ressarcir com bens pessoais o Banco Itaú e uma financeira.
Luiz Claudio de Aquino e Zé Paulo Fernandes, que compunham o Comitê de Gestão até o ano passado, são avalistas de outros R$ 6,5 milhões.
“Acusaram o Odílio de ter vendido à Doyen fatias do Gabriel, do Geuvânio e do Daniel Guedes para quitar os empréstimos que ele avalizou, mas é mentira”, assegura Zé Paulo. “O dinheiro foi usado para pagar contas atrasadas”, acrescenta.
Transformado em Judas, Odílio sumiu da vida política do clube e dos jogos na Vila Belmiro. “Estou vendo e ouvindo muita besteira a respeito do meu nome, mas prefiro evitar mais confusão”, avisa o ex-presidente. “Vou torcer para que a nova diretoria seja feliz nas decisões e faça o Santos voltar a ganhar títulos.”
Paga ou não? Odílio, Luiz Claudio e Zé Paulo admitem preocupação com o risco de o Santos não quitar os empréstimos, mas entendem que a dívida causaria dificuldades à própria administração junto aos bancos.
Por Jorge Nicola
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