sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Saiba por que santista acionou psicólogo para superar atitude de Celso Roth



O lateral e meia Chiquinho é considerado uma das gratas surpresas do Santos nesta temporada. O jogador estava no Fluminense e foi o primeiro reforço contratado pelo clube em 2015. Chiquinho caiu nas graças da torcida após marcar um golaço em sua estreia e, principalmente, por mostrar muita garra dentro de campo.

De bom com a vida, o atleta revelou ao UOL Esporte o momento mais difícil de sua carreira, quando precisou de psicólogos para não interromper sua trajetória no futebol. O fato ocorreu no Atlético-MG, clube que o revelou em 2009.

Chiquinho lembra que foi promovido ao elenco profissional do Galo pelo então técnico Emerson Leão. Após jogar como titular e até marcar gols, o meia sofreu com a troca de treinador. Celso Roth assumiu o time no lugar de Leão, e foi aí que a história do atleta tomou um rumo diferente.

Chiquinho foi rebaixado às categorias de base por Roth. O atleta admite que não assimilou o baque e, por isso, recorreu aos psicólogos do clube mineiro.

"Quando eu comecei, quando eu subi para o profissional do Atlético-MG, com o professor Leão [Émerson Leão]. Eu joguei, fiz gol e tudo, mas quando veio outro treinador, o Celso Roth, ele me desceu para a base. Esse foi o momento mais difícil de assimilar, foi um baque para a minha carreira. Não consegui assimilar isso", afirmou Chiquinho ao UOL.

"Mas com a ajuda de psicólogos a minha carreira começou a melhorar um pouco. Na época, eu fiquei na base, mas não era a mesma coisa. É a mesma coisa que tirar doce de criança. Você sobe para o profissional e depois volta pra base. E por não ter pai e mãe por perto, eu senti muito. Meu pai morreu cedo, minha mãe morava em Maranhão. Isso me abalou bastante [descer à base]. Eu tive que procurar ajuda da psicóloga do Atlético, foi muito importante para mim. E depois um treinador me levou para o Ipatinga e minha vida mudou", completou. 

Chiquinho lembra até hoje os conselhos dos psicólogos, destaca também a importância de sua esposa, Jéssica, para superar o problema no início de sua carreira profissional. Apesar do drama que viveu, o lateral santista garante que não guarda mágoas de Celso Roth. O meia, inclusive, já cumprimentou o treinador quando foram adversários na carreira e até se colocou a disposição para voltar a trabalhar com Roth.

"Ela [psicóloga] pedia que eu ficasse tranquilo, pois aconteceu com muitos atletas, não só comigo. Ela foi muito importante. Se não tivessem os psicólogos no Atlético, eu teria tomado outro rumo. Agradeço por ela. Depois veio a minha esposa, a Jéssica, que me ajudou muito e está comigo até hoje", disse Chiquinho.

"Eu já o encontrei várias vezes [Celso Roth]. Cumprimentamos-nos e tudo. Talvez, no momento, eu estava subindo, com a cabeça no auge, mas ele tinha que pensar na equipe, enquanto eu queria jogar, mostrar meu futebol. Mas somos amigos, nos cumprimentamos. Não ficou mágoa. Já joguei contra ele. Ele sabe, se precisar, eu estou a disposição, pois lá foi passado. Isso acontece", declarou.

Chiquinho havia atuado em todos os jogos do Santos neste ano, mas desfalcou o time contra a Portuguesa, no último domingo, por causa de um edema muscular na coxa esquerda. O jogador faz trabalho de fisioterapia para voltar ao time, mas não deve atuar contra o Linense, domingo.

Chiquinho é elogiado pela comissão técnica e até dirigentes santistas, por sua versatilidade. Além de lateral, ele atua como meia e até volante. Nos bastidores da Vila Belmiro, integrantes da diretoria espera que Enderson Moreira teste Chiquinho na função de Arouca, que deixou o clube para jogar no Palmeiras.

"Estou sempre estou pronto para ajudar. Na minha carreira, eu joguei até de lateral direito na Ponte Preta. Só não jogo no gol devido a minha estatura, é melhor deixar para outro", concluiu.

Uol Esporte

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