quarta-feira, 16 de abril de 2014

Zinho diz que Santos quer reforço top e descarta revelações


O Santos optou por blindar os seus jogadores após a perda inesperada do título do Campeonato Paulista para o Ituano, no último domingo. Na reapresentação, o clube quebrou o protocolo antes das partidas e escalou Zinho, gerente de futebol, para se pronunciar após o revés. O dirigente afirmou que a diretoria estudará a contratação de um reforço top e que não fará esforços para trazer as revelações do Campeonato Paulista.

"Fortalecemos esse grupo no início com alguns atletas, trouxemos agora o Bruno Uvini. Dentro do que vimos no campeonato todo, não vimos nenhum jogador acima dos nossos. A nossa equipe foi a melhor do Paulista. Perdemos nos pênaltis, mas, dentro da competição, ninguém foi melhor. Tivemos cinco atletas (na seleção do campeonato), o melhor treinador, artilheiro, craque e a revelação. Não vi nenhum atleta que possa tomar o lugar de alguém do elenco. Para vir hoje, tem que ser top. De promessas já tenho muitas aqui", disse o dirigente.

"Subimos dez jogadores da Copinha que tem um futuro brilhante e tem amadurecido. Para trazer alguém que vai tirar o espaço de um jovem talento, não faz sentido. Com um top, porém, não tem o que contestar só que no momento, pela parte financeira, está difícil. Já indiquei dois ou três jogadores, isso foi para o nosso Comitê Gestor, mas acho que vai esbarrar na situação financeira", completou.

Entre os possíveis nomes que interessariam ao Santos, foram especulados o volante Jackson Caucaia, do Ituano. A derrota, no entento, pressionou o Comitê Gestor. Sem o objetivo que parecia certo, os dirigentes fortalecem a necessidade de realizar uma contratação de impacto, inclinados, principalmente, a repatriar algum ex-ídolo do clube, e já tratam a conquista do Campeonato Brasileiro como espécie de obsessão interna para o segundo semestre.

Com o fracasso nas finais, a nova geração de Meninos da Vila passou a ser questionada, principalmente, pelos sumiços de Geuvânio e Gabriel Barbosa nos jogos mais agudos da equipe na temporada, e acentuou a crise interna instaurada no clube pelo recente atraso salarial, discussão por premiação e indisposição pelas finais longe da Vila Belmiro. Um bom ano é considerado fundamental politicamente devido as eleições para a escolha do novo presidente do clube, em dezembro.


O meia Diego, atualmente no Atlético de Madrid, segue como o principal alvo. Apesar de ter preterido um acordo no início deste ano, o meia é visto como opção prioritária já que não terá mais vínculo contratual com o Wolfsburg, da Alemanha, e nem com o clube espanhol, onde tem contrato de empréstimo até o meio do ano. Além disso, o bom histórico comportamental fora de campo aliado a necessidade do clube de um típico meio-campista armador reforçam a busca pelo antigo camisa 10.

"Eu queria o Diego quando era diretor do Flamengo, mas o financeiro não era viável. É um top e sonhar a gente sempre sonha. Hoje, por exemplo, fui dormir às 4h30. Sonhar, sonho com muitos nomes, mas o meu grupo é bom, confio muito neles. São jogadores talentosos, com nomes muito bons, que vão amadurecer muito", argumentou Zinho.

Em janeiro, o Santos afirmou que havia acertado as bases financeiras para anunciar a contratação do jogador em julho, mês do término do contrato com o Wolfsburg. A chegada, no entanto, estava condicionada a um não acerto outro clube europeu no período, prazo estabelecido pelo próprio jogador para decidir o futuro. A recente boa exposição na Liga dos Campeões da Europa, principalmente pelo gol decisivo no jogo de ida diante do Barcelona, pelas quartas de final da competição, esfriaram a empolgação.

Robinho é visto como opção mais distante pela recente indisposição nas últimas tratativas, quando disparou contra o presidente licenciado Luis Álvaro Ribeiro, e o fato de ainda ter vínculo com o Milan, da Itália.

O Santos, agora, concentra forças na Copa do Brasil, competição na qual faz jogo decisivo nesta quarta-feira diante do Mixto-MT, na Vila Belmiro, e tenta guinar no Campeonato Brasileiro. Serão nove partidas antes da paralisação para a Copa do Mundo.

Terra

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